A vida passa rapidamente para o Jorge que experimenta ficar alguns dias como dono da Padaria em Copacabana, a princesinha velha e
desgastada do Rio de Janeiro, enquanto seu pai corre para Portugal para visitar
sua mãe que estava à beira da morte, sem levar Jorge para conhecer a sua avó, porque
seu pai achava que iria envergonhá-lo.
Em um dia raramente calmo, dois quarteirões da “boca maldita”,
Jorge chega à porta da padaria para olhar o movimento na rua, pensando na vida
o que fazer e se aquilo traria algum prazer, quando olha e percebe o portão da
portaria do prédio abrindo e saindo duas pessoas carregando um caixão e Jorge
pergunta ao porteiro:
-Zé! Quem morreu?
-Foi aquela senhora do 302! Morreu dormindo.
No exato momento acontecia no outro lado da calçada em um bar pé sujo uma festa com cinco homens com muita cerveja onde o aniversário
era do filho do traficante da área que fazia cinco anos e seu pai fazia questão
que o filho tomasse a cerveja dizendo:
-Yeah! Isso toma um gole para virar homem!
Jorge retorna para dentro da padaria,guardando em sua
memória essas cenas paralelas como um aviso de um professor da vida.