sexta-feira, 28 de julho de 2017

Celular o prêmio de uma vida


Domingo calmo e ensolarado Roberto dorme tranquilo até tarde quando sua mãe abre a porta do quarto e diz:
-Roberto, me ajude estou passando mal.
Então Roberto se levanta, pensando ser apenas algo nada tão grave quando ao chegar à porta do quarto encontre um mar de sangue até o quarto da mãe com paredes cheias de sangue também.
-Que Porra é essa meu Deus?! O que você fez?
-Eu estava me preparando para ir à missa e estava raspando a perna e me cortei
Correndo para pegar um pano e estacar o sangue que corria pela perna que nem um cano furado, Roberto reclama:
-Porque não me chamou logo?
-Porque não queria te acordar!
Roberto coloca a perna em cima do banco e com um pano, estacou o sangue, mas às vezes voltava e pegava outro pano para prender a circulação.
Enquanto sua mãe descansava, Roberto que estava com coração a mil por hora, pegava um pano para limpar o mar de sangue que estava pelo corredor até o quarto de sua mãe.
Mas ao mesmo tempo, ligava para o apartamento da doutora Carla para ajudá-la.
A doutora Carla chega e assustado com tanto sangue, reclama com a mãe do Roberto:
-A senhora não pode raspar a perna com Gillette sabendo que tem varizes, que isso!
Vendo que a ferida fechou o tempo passou, mas alguns meses depois acontece tudo de novo, abrindo a ferida e jorrando sangue. Roberto mais uma vez corre para salvá-la.
-Mãe outra vez? Que merda!
-Desta vez não tive culpa, estava tirando a saia e o fechecler pegou na ferida e abriu de novo! Parecendo um cano furado!
O pânico toma conta de Roberto que ver sua mãe tendo uma convulsão e tremia rápido ele pega um copo de água, pois é o que vinha em sua cabeça e ela melhora.
Depois de levá-la ao hospital para receber pontos passou um ano e sua mãe paranoica não dormia direito, pois achava que na cama ao dormia ela podia se cortar e perder sangue enquanto dormia então Roberto decidiu que enquanto ela dormia ele ficaria olhando todo o momento se estava tudo bem, isto é, sua mãe acordava às 08 da manhã e Roberto iria dormir então.
Sem dizer que no outro ano, sua mãe faria uma operação para remover o útero, ficou os dias com ela no hospital cuidando dela e pagava o serviço e os médicos.
No certo dia sua mãe vendo TV percebia que Roberto vivia irritado e nervoso com sua mãe
-Eu aqui me matando para cuidar da senhora há anos e nem um agradecimento!
-Ok, eu vou comprar um celular como prêmio por cuidar de mim.

Gafieira Alvorada

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