domingo, 2 de abril de 2017

A redenção na hora certa



Depois de 23 anos de brigas e desentendimentos com seu pai, Bruno sente que a maré começar a mudar e fica mais calmo para seu lado.
Seu pai, que passou anos trabalhando atrás de um balcão de padaria sonhava ver o filho ser militar ou um advogado, mas Bruno tinha outros desejos e seu amor pela música onde seu pai não aceitava.
Certo dia, Bruno iria se apresentar em uma escola para fazer um show com sua guitarra, amplificador, violão, pedais e roupas tudo pronto quando seu pai chegou para falar:
-Quer uma carona? Vou para o trabalho e te deixo lá?
Bruno com um sorriso surpreso e novo aceitou e seu pai deixou o na porta da escola para o show onde ele fez para poucas pessoas.
Uns meses depois, seu pai tinha arrumado uma única passagem para Portugal onde ele iria fechar a venda de uma casa e um carro e voltar para casa, pois a sua esposa não queria ir morar lá sem sua filha que tinha saído de casa.
E a noite, seu pai chamou seu filho Bruno para ensinar como se ganhava a vida nos negócios mostrando todos os detalhes e pedindo que se presta atenção.
No fim seu pai disse:
-Filho... vou viajar e você vai cuidar para mim isso,eu confio em você!Não me decepcione como sua irmã me decepcionou
E o Bruno deu a sua palavra que iria honrar o legado do seu pai.
Um ano antes, seu pai comprou uma parte em uma lanchonete para seu filho trabalhar e garantir-se em sua vida, pois a música ainda apenas um sonho e Bruno via que não era fácil.
Subindo as escadas, seu pai viu o seu filho Bruno sujo raspando e cortando cana para vender o suco, fazendo várias funções na lanchonete e enquanto os filhos dos outros sócios só esquentavam a cadeira e reclama:
-Seu Joaquim e seu Antônio, meu filho faz tudo e trabalha muito e os seus nada fazem?
No meio das discussões, Bruno era o único com um sorriso largo vendo seu pai pela primeira vez na sua vida com 24 anos, defendendo o.
O dia chegou, seu pai como de costume, se levanta cedo e acorda o filho para abrir a lanchonete e ainda preparou o café.
Antes de sair, seu pai fala com seu filho Bruno:
-Bem, você vai trabalhar e eu vou viajar para fechar a venda lá em Portugal, mas volto logo.
Então Bruno e seu pai se despedem com um abraço dizendo ao seu filho.
-Até a volta filho!
Em Portugal, seu pai morre depois de passar mal e a tristeza de Bruno fica marcada, pois durou 1 ano essa amizade que não existia antes e se lembrar de depois de 20 anos que esse foi o primeiro e único abraço que teve de seu pai, mas o alívio da sua redenção.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Gafieira Alvorada

  Rio de Janeiro Bairro Botafogo Década 1970 e o Rio pegando fogo 24 horas, dia até a noite. Na Rua da Passagem, morava um garoto cham...